DICASTÉRIO PARA OS SEMINÁRIOS
O MANUSEIO DO MISSAL ROMANO
O que é o Missal Romano?
O Missal é o conjunto daqueles textos nos quais a Igreja reconhece sua fé e com os quais se identifica. Ele testemunha a unidade entre a oração da Igreja (lex orandi) e a fé da Igreja (lex credendi). Sendo compreendido como ordo orationis, isto é, como norma das palavras (textos) e norma dos gestos (rito) é, portanto, o lugar testemunhal da relação entre lex orandi e lex credendi. Desse modo, é a oração que indica a justa maneira de crer.
O Missal Romano como o conhecemos hoje, contendo orações presidenciais, antífonas, hinos, é uma herança medieval, nascida da antiga arte da liturgia de saber costurar formas e fórmulas. Com isso, a Igreja quando nos entrega o Missal, nos diz: aqui e não em outro lugar está contida a nossa forma de oração.
O Dicastério para o Culto Divino na sua apresentação do Missal Romano diz: Para melhor celebrarmos os sagrados mistérios de Cristo, a quarta edição típica do Missal Romano vem para reorganizar o Rito da Missa para que se celebrem com a dignidade necessária, aquilo que se pediu na última Ceia. Com isso, acrescentar-se-á os Próprios do Tempo e Santos, além das Missas Rituais, Missas e Orações para diversas necessidades, Missas votivas, Missa dos Fiéis Defuntos e Apêndice, seguindo atentamente os ritos aprovados pela Santa Igreja Católica.
O Missal Romano é um texto para ser rezado e meditado pois ele é a fonte de nutrimento de uma espiritualidade eclesial ativa e permanente.
A estrutura do Missal e o manuseio.
O Missal Romano é divido em partes, como Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, Rito da Comunhão e Ritos Finais.
Para cada dia do Advento, Natal, da Quaresma e do Tempo Pascal, o Missal contém orações e antífonas próprias.
Nas solenidades, nas festas, nos domingos, nos dias feriais do Advento, do Natal, da Quaresma e do Tempo Pascal, nas festas e memórias obrigatórias o sacerdote é obrigado a seguir o Calendário próprio da Igreja. Para as congregações religiosas pode utilizar o calendário próprio da congregação, exceto para as Solenidades.
Além disto, o sacerdote pode celebrar missas votivas e pelas diversas necessidades, ou seja com uma intenção em honra a um santo, à Virgem Maria, aos Anjos, ou por algum motivo especial.
Têm um rito próprio, com orações, prefácio e leituras.
Têm uma cor litúrgica específica, que corresponde ao evento celebrado.
São celebradas para favorecer a devoção popular e a piedade.
São uma forma de a Igreja reconhecer a fé e a coragem do santo.
A escolha dos cânticos na missa.
Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc…).
Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e momento próprio).
Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo, Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da Tradição da Igreja.
Considerações finais.
Ao celebrar a Santa Missa, leia as rubricas do Missal, esteja atento a cada parágrafo, estude e medite antes da celebração, o Missal Romano e a Liturgia, reúne o povo de Deus em comunhão com Cristo. É uma ação de Cristo na Igreja, que manifesta a comunhão entre Deus e os homens.